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Arrastão: Os suspeitos do costume.

O socialismo como avanço da democracia

João Rodrigues, 25.08.10


O socialismo 2010, debates para a alternativa, começa já depois de amanhã em Braga. Entretanto, o Nuno Ramos de Almeida acha que o título de uma das sessões – “Há socialismo sem democracia?” – é revelador de desorientação ideológica e de uma subestimação da questão principal: como democratizar a economia? Em primeiro lugar, notar que alguns postes do blogue cinco dias, onde o Nuno escreve, tendencialmente da autoria de Carlos Vidal, mostram precisamente a relevância da primeira questão e do seu adequado tratamento. Em segundo lugar, estou em condições de sossegar o Nuno: pelo que conheço, a segunda questão, obviamente relacionada com a primeira, será tratada directamente, pelo menos, em duas sessões. O José Gusmão falará sobre reforma fiscal para superar o que Vital Moreira chamou, num dia mais inspirado, o Estado fiscal de classe; eu e o Nuno Teles tentaremos, desenvolvendo os argumentos de um artigo no Le Monde diplomatique – edição portuguesa, fazer um breve diagnóstico do capitalismo português, entre os especuladores e a lumpemburguesia, e apontaremos alguns toques de política económica que podem ajudar a gerar impactos sistémicos relevantes. Suspeito que nas sessões sobre a especulação, o poder de quem tem muito dinheiro, as questões do trabalho ou o banco de terras, a democracia na economia também seja abordada. É que, e nisto concordamos, sem um projecto consistente de democratização da economia, sem utopias reais, não há socialismo como democracia avançada depois do limiar do século XXI…

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