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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Madrid também é aqui

Andrea Peniche, 20.05.11

 

Portugal teve o seu 12 de Março; o Estado Espanhol o seu 15 de Maio. As fronteiras da resistência começam a diluir-se e a solidariedade internacionalista a ocupar as ruas e as praças.

 

Afinal, o momento que vivemos é mais ou menos semelhante. Estamos colonizados pelo discurso da crise e da austeridade; as soluções do FMI entram-nos pelo bolso dentro sem terem sido por nós autorizadas; as agências de rating e a especulação financeira destroem a economia; e, por isso, a receita é a mesma: paga quem sempre foi sacrificado. 

 

A corrupção e o compadrio, aqui como lá, têm destruído a confiança no sistema político. É preciso separar o trigo do joio e castigar quem nos conduziu a esta situação: quem confunde causa pública com causa privada e se serve a si próprio e não ao País; quem fez más escolhas e hipotecou o nosso presente e o nosso futuro. Nós podemos fazer a diferença já no dia 5 de Junho. Quem escolher a neutralidade será cúmplice; quem decidir tomar partido, contribuirá para resgatar a esperança e a dignidade.

 

Da Porta do Sol chega-nos um Manifesto nascido da raiva; raiva que é imaginação, força e poder popular. Na Porta do Sol não se teme a política, porque tomar a palavra é fazer política, assim como o é procurar alternativas.

 

Ontem, na Rua do Salitre, em frente ao Consulado de Espanha, juntaram-se mais de 200 pessoas solidarizando-se com a Democracia Real Já! e rompendo fronteiras. Hoje, o protesto continua:

 

Lisboa

12-15 horas - almoço popular

18 horas -  concentração na Rua do Salitre

19 horas - concentração no Rossio

22 horas - assembleia popular no Rossio

 

Porto

20 horas - Praça da Batalha

 

Coimbra

20 horas - Praça 8 de Maio

 

Faro

20 horas - Jardim Manuel Bívar

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