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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Já não se pode andar na rua

Daniel Oliveira, 13.12.06
Ia eu calmamente na rua, a caminho de mais uma reunião, quando fui abordado por um sujeito. Perguntou-me se eu sabia quem ele era. Sou distraído e não fazia a mais pálida ideia. Lá me desculpei e respondi que não. Sem ter aberto mais a boca, o sujeito explicou-me que tencionava arrancar-me a cabeça e partir-me todo, caso eu voltasse a escrever sobre ele (sic). No meio de vários insultos (todos envolvendo a orientação sexual que ocupa de forma obsessiva a imaginação destes rapazes) e de uma simulação de como me tencionava agredir, com alguma teatralização mímica e risos orgulhosos, apresentou-se: Mário Machado. E para eu passar a ter cuidadinho na rua. Sem que nunca lhe tivesse respondido, e para me prevenir em relação a situações futuras, pedi ao jovem que me acompanhasse à esquadra mais próxima (do outro lado da rua) onde apresentei queixa por “ameaça de morte” e “ameaça de agressão”. Em frente à polícia, e como os seus amigos costumam fazer com os imigrantes que vão espancando, o rapaz ainda fez menção de apresentar ele queixa contra mim. Acabou por não o fazer. E assim passei o meu fim de tarde de segunda-feira: a preencher uma queixa na polícia contra um delinquente. Não é o que se espera de um fim de tarde de um bloquista. Mas, pronto, tenho de aceitar: às vezes não chega intervir no meio social.

Desculpem o lixo na caixa de comentários. Abriram as portas do manicómio onde esta malta se encontra aqui na rede. Mas desta vez não apago. Cá coisas minhas.

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