É sempre a mesma cantiga
E no Blasfémias o anti-semitismo atingiu a sua plenitude: árabes e judeus. Faço a justiça de imaginar que se trata de uma infeliz coincidência. Mas num caldo político que vive tão bem com a retórica do choque de culturas acaba-se a escrever assim. É só decidir onde está a fronteira. Quem somos "nós" e quem são "os outros". Quem acredita encontrar nas religiões de cada um todos os fundamentos da ética individual limita-se a repetir uma velha cantiga. Ontem os judeus, hoje os judeus e os muçulmanos. A letra muda, a melodia é sempre a mesma.
Passaram tanto tempo a relativizar a gravidade do discurso da extrema-direita que ele lhes entrou pelo blogue adentro.