A hipótese da rua
João Rodrigues, 24.05.10
Esta crónica não pode deixar de ser um apelo: participe na manifestação convocada pela CGTP para o próximo sábado, dia 29 de Maio, às 15h00, entre o Marquês de Pombal e os Restauradores, em Lisboa. A aposta é simples e racional: na ausência da "pressão da rua" convencionalmente desdenhada, é sobre a esmagadora maioria dos trabalhadores assalariados - do público e do privado, mais ou menos precários, empregados ou desempregados - que continuará a recair todo o fardo da crise de um sistema económico cada vez mais disfuncional.
Aliás, o bloco central parece estar convencido de que as responsabilidades pela brutal crise económica internacional são dos trabalhadores, dos direitos que uma parte deles conquistou e do Estado social que as suas lutas fizeram surgir. Estranhamente, a lógica das medidas de austeridade nunca é anunciada: usar o desemprego de dois dígitos, a redução dos direitos sociais, sobretudo no subsídio de desemprego, e a austeridade orçamental, em geral, para favorecer a aceitação pelos trabalhadores mais vulneráveis de reduções substanciais do seu poder de compra. Julgam que assim se promoverá uma recuperação económica assente nas exportações devido à redução dos custos laborais. A enésima rodada de redução dos direitos laborais dá uma ajuda a este projecto económico de compressão do mercado interno. Esquecem-se alguns detalhes nacionais e europeus...
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