A UNIPOP e a revista Imprópria vão organizar durante as próximas semanas - a começar já no dia 17 - um curso sobre Identidades e Política, com um programa que parece muito prometedor. É conferir:
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A UNIPOP e a revista Imprópria vão organizar durante as próximas semanas - a começar já no dia 17 - um curso sobre Identidades e Política, com um programa que parece muito prometedor. É conferir:
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E assim vamos andando. E este estatuto editorial, terá sido redigido antes ou depois da chegada da troika? Antes ou depois das legislativas? "Interesse nacional", não é? Pois.
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- Álvaro Santos Pereira (ideólogo do austeritarismo e profeta do Apocalipse nas horas vagas): Ministro da Economia.
- Vítor Gaspar (um desconhecido com "reconhecidas competências técnicas" que bem sabemos quais são): Ministro das Finanças.
- Assunção Cristas (a beta inteligente do PP) - Ministra dos Pinheiros, da Portucale e do Ordenamento Territorial, da Lavoura e afins.
- José Pedro Aguiar-Branco (o escolhido das hostes básicas) - Ministro de qualquer coisa, neste caso da Defesa Nacional.
- Miguel Relvas (o Silva Pereira para todas as estações) - Ministro dos Assuntos Parlamentares, para manter na ordem os deputados.
- Miguel Macedo (o premiado da lotaria do Parlamento) - Ministro da Administração Interna, e poderia ser de qualquer outra coisa, mas saiu na rifa isto.
- Paula Teixeira da Cruz (a outra representante da metade maioritária da população humana) - Ministra da Justiça.
- Pedro Mota Soares (o homem de mão escolhido para fazer de Bagão Félix, que deve ter decidido dedicar-se a tempo inteiro à lavoura) - Ministro da Solidariedade e da Segurança Social.
- Paulo Macedo (admnistrador da Médis, empresa benemérita de reconhecidos méritos na área da Saúde) - Ministro dos hospitais e dos centros de saúde que deveriam ser privatizados e entregues a empresas como, por exemplo, a Médis.
- Paulo Portas (o homem da providência, mestre dos desportos subaquáticos e contorcionista de longa data) - Ministro do Estado (a que este país chegou) e dos Negócios com os amigos americanos e alemães.
- Pedro Passos Coelho (o Messias de Massamá e protector dos povos africanos em Portugal) - próconsul de Berlim para o território da Lusitânia.
Fica de fora desta equipa fantástica Nuno Crato, que parece poder vir a ser um bom ministro da Educação e da Ciência e do Ensino Superior (apesar da acumulação de pastas não ser um bom prenúncio). E a Cultura, entregue a Francisco José Viegas, em forma de secretaria de estado, poderá também ficar em boas mãos.
Sendo assim, é para avançar a toda a brida. O futuro é risonho e está ali, ao virar da esquina. Boa sorte a todos - que bem vamos precisar.
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A acusação que é feita ao todo poderoso DSK, as iniciais que são uma marca, pouco me interessa. Interessa-me mais saber por que razão a notícia foi complementada pela informação de que Strauss-Khan era quem est(ava) mais bem posicionado para derrotar Nicholas Sarkozy nas presidenciais francesas. E interessa-me porque adoro quando os media aludem as conspirações políticas, com ou sem fundamento, impelidos pela aversão que personagens como o pequeno napoleão provocam. Culpado ou não, não será demasiado para pensarmos em manobras de adversários políticos? O paralelismo com Julian Assange pode ser feito, mas as acusações contra este nunca se aproximaram da que é feita ao presidente do FMI. Esperemos para ver, e seria interessante vermos confirmado uma conspiração deste calibre. Dê por onde der, lá se foi a presidência francesa.
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A julgar pelas reacções indignadas de tanta gente - Santana Lopes, esse exemplo para a vida democrática portuguesa, acha inconcebível o sucedido -, a moção de censura que o BE irá apresentar no dia 10 de Março só pode ser uma boa ideia. As acusações de tacitismo feitas a Francisco Louçã, que visam sobretudo menorizar o efeito da intenção, parecem ignorar completamente o pânico que se instalou nos partidos do centrão. O PS acha indigno que a esquerda possa fazer cair um governo de esquerda, como se o PS ainda fosse um partido de esquerda; os barões do PSD põem as mãos à cabeça, recusando o desafio, percebendo que o partido a que pertencem acabou de perder a iniciativa política (Santana Lopes, diga-se, acha inconcebível que o BE apresente uma moção de censura porque este partido não deve liderar a oposição, como se a democracia portuguesa estivesse alugada em exclusivo ao eixo PS/PSD/CDS); e o PCP vê, de um momento para o outro, esvaziar-se o efeito da declaração de apoio a uma eventual moção apresentada pelo PSD; recorde-se, uma moção apresentada pelo PSD e apoiada pelo PCP, seria o que estava ironicamente em causa**. E não devemos esquecer o que tem sido a política portuguesa no último ano: uma espera interminável em direcção à queda do governo, uma agonia mantida em função dos interesses de Cavaco e de um desígnio nacional cujo único efeito prático foi a aplicação de medidas de austeridade que estão a levar o país à recessão económica. Agora que há finalmente uma oportunidade de fazer cair o Governo e acabar com a agonia, toda esta gente assobia para o lado. Quem será tacitista, neste caso?
*Este texto de Zé Neves também diz muito sobre a crise passageira. O ideal seria uma moção conjunta BE/PCP. Mas sabemos como, neste momento, isso é, infelizmente, uma miragem.
**Na realidade, ninguém do PCP afirmou que o partido iria apoiar uma moção de censura avançada pelo PSD. Este post do Vítor Dias é esclarecedor, assim como a pesquisa que fiz nos jornais on-line. Mais um exemplo de distorção por parte dos media, cedências ao sensacionalismo. Ou pior.
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A chegada do novo Arrastão, mais populoso, airoso e diversificado, trouxe o caos a muitos leitores e a gente de passagem. Todas as questões, opiniões e críticas estão a ser apreciadas, e não se duvide de que analisaremos com mais cuidado as propostas dos comentadores. Aliás, ao contrário do Governo, não entramos em devaneios e não negamos as dificuldades: não está ainda tudo afinado, admitimos (mas o Governo certamente não deixará de afirmar que "o país viveu uma greve tranquila").
Quem entrou em delírio parece ter sido a direita blogosférica: de um momento para o outro, Sócrates tornou-se um indivíduo respeitável e esforçado que parece conduzir o país ao rumo certo. Será isso, ou então a momentânea loucura foi provocada pelo medo dos que assumiram o discurso da "responsabilidade" e pararam durante um dia para mostrar ao Governo que deve parar com a irresponsabilidade do PEC3 e dos que aí se avizinham. E por falar em Governo, parece que a outra cabeça da hidra, o angustiado Pedro Passos Coelho, ainda agora está a tentar perceber se o Orçamento tem dedo do PSD ou não - imagino que ninguém o terá avisado que houve um acordo entre os dois senhores de cabelo branco aqui há umas semanas. O que faz dele, no mínimo, aquilo que em linguagem jurídica se chama "cúmplice de um crime". Eu até posso "compreender" a angústia dele; é uma zona cinzenta, esta: será que o povo gosta de mim a aderir à greve ou preferem que eu fique em casa pesarosamente angustiado? E, no fim de contas, o "Orçamento é "do Governo". Em tempos, parece-me que Pilatos passou por um dilema semelhante, resolvido do mesmo modo, sem rebuço.
Amanhã, espera-se um regresso à normalidade: a direita voltará a achar que o primeiro-ministro é a Besta, o sinal dos fim dos tempos; que os mercados (apesar da chatice da Irlanda e do problema da Islândia) são a salvação para todos os males do mundo; e que Pedro Passos Coelho é aquilo que talvez poderia ser, acaso fosse ele diferente da maneira que pode ser, dando-se o caso de não ser aquilo que verdadeiramente é. Passos Coelho, esse, persistirá o seu caminho, aprovando a continuação dos grandes projectos de obras públicas num dia e criticando o "Orçamento" do Governo" no outro; Sócrates continuará a nadar ao largo, longe da vista, tentando convencer o país de que nada disto é culpa dele; e Cavaco, claro, não nos esqueçamos, irá certamente dedicar-se a aprimorar as únicas qualidades unanimemente reconhecidas: estar calado quando deve falar e falar quando deve manter o silêncio.
Quanto ao Arrastão, tudo será melhor, prometemos.
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