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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Oskar Lafontaine

Daniel Oliveira, 27.12.07



Ex-candidato a chanceler (em 1990), ex-lider do SPD (entre 1996 e 1999) e ministro das finanças do primeiro governo de Schröder, Oskar Lafontaine poderia ser descrito como uma espécie de Manuel Alegre alemão. Mas com duas grandes diferenças: tem ideias políticas claras e é consequente. Em 2005 abandonou o SPD e, com um grupo de sindicalistas, formou o WASG que por sua vez se coligou aos pós-comunistas do PDS criando o Die Linke. O Partido de Esquerda é, segundo as sondagens, a terceira força política da Alemanha. Uma experiência que devia fazer pensar a moribunda ala esquerda do PS. Porque seria isto impossível em Portugal? Talvez uma explicação: o PS não tem uma verdadeira base sindical. Essa é a sua originalidade: ao contrário dos seus congéneres europeus, não tem nenhuma tradição operária. E isso ajuda a perceber como pode existir um Sócrates quase sem oposição interna. Mas também vale a pena olhar para o sectarismo reinante no resto da esquerda (feridas do PREC?) para compreender o bloqueio em que nos encontramos. Voltando à Alemanha, vale a pena ler esta entrevista a Lafontaine (via 5 Dias). No "Público". O de Espanha, claro. Onde há pluralismo nos diários de referência.

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