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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Uma questão de articulação

João Rodrigues, 26.08.10
O Nuno Ramos de Almeida decidiu continuar a desconversar. Noto que o Nuno desvaloriza um dos colegas de blogue. É uma saída possível para o que por ali vai. Eu tenho a mania de levar a sério os traços autoritários de uma “esquerda” que persiste em valorizar dimensões execráveis do que passa por ideia comunista em certos círculos, sem grande peso político, é certo, mas com alguma influência intelectual. Da violência ao vanguardismo, há gente com muita falta de memória a vender muitos livros por aí. No entanto, reparem que o Nuno não faz ideia do conteúdo concreto da sessão do socialismo 2010 que se intitula “Há socialismo sem democracia?”. Vai daí dedica-se a uma inacreditável brincadeira com as palavras, salta para “socialismo em liberdade” e termina com a ideia de cumplicidade com Soares, o "anti-comunismo" e quejandos. Esta é uma prática intelectual sempre pouco recomendável, mas muito útil para quem queira prosperar num nicho em expansão no mercado mediático: a crítica estarola à esquerda socialista. O segundo parágrafo não é melhor. Estou mortinho por ler no cinco dias contributos para pensar o socialismo na economia. Aparentemente, o Nuno não gosta da diversidade temática do socialismo 2010 e acha, estranhamente, que as questões da fiscalidade ou da política económica que rompe com o liberalismo estão demasiado distantes da democracia na economia. Diz ainda que falta “articulação” ao fórum. O que quer que isto signifique. Talvez a “articulação” que é dada por um disciplinado comité de funcionários, que alinham os contributos de um vasto colectivo numa proposta única e sem espinhas sobre “democracia” na economia?

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