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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Vamos bien?

Daniel Oliveira, 28.04.08


As mudanças em Cuba, levadas a cabo por Raul Castro, são um sinal. Por enquanto, são o fim de restrições anacrónicas e quase ridículas: direito a comprar telemóveis e microndas. Na economia, falta o passo de pôr fim à absoluta estatização de todas as actividades económicas (até as mais pequenas), que resultam nesta injustiça: os estrangeiros podem ter negócios em Cuba, os cubanos não. E a existência do pso normal e do peso convertível (para fazer frente ao dólar), que prepectua a existência de duas sociedades associadas a duas economias num país que defende a igualdade. E falta quase tudo no que toca às liberdades cívicas, apesar da publicação de cartas críticas no Gramma ser uma boa notícia.

Se o objectivo de Raul Castro for a abertura política e a democracia, com liberdade de expressão e de associação, com multipartidarismo e o fim da censura e das prisões políticas, com liberdade de movimentos para os cubanos que desejem viajar e emigrar, desejo-lhe boa-sorte. Há processos rápidos e lentos, e perante a vizinhança dos EUA este pode ser um caminho com menores riscos. Se, pelo contrário, o objectivo de Raul for conter a mudança abrindo um pouco a porta, vai-lhe correr mal. Há processos que quando se começam não podem ser travados. Felizmente.

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