Levantem-se as dezenas de milhares de réus (actualização)
Na sentença a cinco elementos de etnia cigana a juíza resolveu colocar no banco dos réus milhares de pessoas. Quando temos uma juíza que deve zelar pelo direito e pela justiça a fazer julgamentos colectivos de toda uma comunidade podemos ficar descansados quanto ao estado do nosso Estado de Direito. Esta senhora, que deve aplicar a lei, violou o Decreto-Lei n.º 111/2000 que proíbe «a adopção de acto em que, publicamente ou com intenção de ampla divulgação, pessoa singular ou colectiva emita uma declaração ou transmita uma informação em virtude da qual um grupo de pessoas seja ameaçado, insultado ou aviltado por motivos de discriminação racial.» Não concorda com a lei? Tem todo o direito. Mas tem de a cumprir. E sendo juíza tem de a cumprir de forma escrupulosa e exemplar.
Vale a pena ler os comentários às várias notícias nos vários jornais e alguns links feitos por blogues à notícia do público. Não paira um ambiente de delírio racista neste país? Claro que não!
PS: Esta juíza já deu que falar no caso de Fátima Felgueiras.
A Alta-Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACIDI), Rosário Farmhouse, recuou na intenção de apresentar uma queixa ao Conselho Superior da Magistratura por causa de uma sentença de uma juíza de Felgueiras que alegadamente ofendia a comunidade cigana. Depois de ter lido o documento>, Farmhouse constatou que a magistrada citava testemunhas que falaram no decorrer no processo
Pena que o jornalismo português seja pouco rigoroso.