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Arrastão: Os suspeitos do costume.

O remediado que tem medo do pobre?

Daniel Oliveira, 01.06.09
Ilda Figueiredo defende que o alargamento da União à Turquia e Islândia deve depender de referendo nos países europeus. É a posição de Sarkozy que, julgo, só era acompanhada em Portugal pela extrema-direita. Que esta exigência viesse de um país que entrou na CEE sem que os povos dos restantes países (e bem) o tenham referendado seria extraordinário. Ainda por cima de um país que recebeu mais apoios do que aqueles que foram dados aos membros que lhe seguiram.

Uma coisa é defender o referendo de tratados que se aplicam a nós, outra é transformar a Europa num clube exclusivo onde cada interesse particular pode fechar a porta a novos membros. Referendos nos países que já estão na União a cada alargamento seriam um apelo ao egoísmo - Ilda Figueiredo fala das consequências que um alargamento teria para os países mais fracos. E, no caso da Turquia, não é difícil imaginar os factores que mais pesariam.

Mesmo sabendo que o PCP tem, com toda a legitimidade, uma posição mais nacionalista (ou patriótica, ou soberanista, dependendo da perspectiva) em relação à integração europeia, esta proposta não deixa de me espantar. Estou sinceramente convencido que Ilda Figueiredo não pensou em todas as implicações políticas desta posição.

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