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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Tesorinhos deprimentes

Daniel Oliveira, 29.09.09
Aqui fica, para memória futura, o discurso de Sua Excelência o Presidente da República que depois desta intervenção fica um pouco mais parecido com o presidente aqui da minha Junta da Freguesia. Este naco de prosa ficará na história ao lado de um outro também famoso feito em Almada pelo então primeiro-ministro Vasco Gonçalves.



Destaco esta frase: “E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente, ter sentimentos de desconfiança ou de outra natureza em relação a atitudes de outras pessoas.”.

Vamos pôr esta frase um pouco mais clara e rigorosa: “E, pessoalmente, confesso que não consigo ver bem onde está o crime de um assessor do Presidente da República desconfiar, sem nenhuma prova, que o primeiro-ministro anda a vigiar o chefe de Estado e decidir contar isso a um jornalista para ele publicar, entregando-lhe até alguma documentação"

Assim, sem eufemismos como "um cidadão, mesmo que seja membro do staff da casa civil do Presidente", "sentimentos de desconfiança ou de outra natureza" ou "outras pessoas” será que o Presidente conseguirá perceber onde está o problema? Não? Então, por favor, deixem de lhe passar informações de Estado. Este homem não é de confiança.

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