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Arrastão: Os suspeitos do costume.

O Arrastão dos comentadores: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Arrastão, 28.05.10
Texto de Isabel Teixeira (isagt)

No País real onde vive o cidadão comum, aumenta o desânimo, a desilusão, a repugnância ou desdém pelos seus líderes políticos e entidades governamentais, onde as elites vivem entrincheiradas, só preocupadas com o seu prestígio, dinheiro e uma falsa ilusão de que tudo vai bem mas, sempre, tentando matar toda e qualquer ideia de mudança ou, pior, de atentar contra a nossa liberdade de expressão que será, sem dúvida, o nosso bem mais precioso.

A corrupção está na ordem do dia e, nem sequer, é um problema da Administração Central porque a Local ainda consegue ser mais corrupta.

Quem toma as decisões, parece andar aos ziguezagues, conforme sopra o vento, sem saber para onde vai, onde nunca faltam os clichés da moda, mas onde as decisões prioritárias que o cidadão tanto anseia, não chegam ou vêm atrasadas.

Uma montanha de legislação, alguma à la minute mas que não funciona e, assim, um governo que devia servir para estabilizar, acaba por fazer precisamente o contrário. Temos um sistema político absoleto onde o cidadão, se sente cada vez mais afastado das grandes decisões mas que, sem dúvida alguma, irão influenciar toda a sua vida e o futuro dos seus filhos.

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Sentindo-se cada vez menos representado, especialmente, pelos partidos políticos que se fecharam e que já não o conseguem satisfazer mas que, inevitavelmente, vai provocando o aumento da abstenção e, não deve estar longe o dia, em que o voto nada significará.

Outros, seus iguais, vão escolhendo entre o que consideram ser, o menos mau, sem conseguirem imaginar outra alternativa, olhando tristemente para uma esquerda dividida, de costas voltadas, olhando para o seu próprio umbigo, poupando nas pontes da união.

Finalmente chegamos ao cidadão comum mais perigoso que anseia voltar à falsa eficiência autoritária, com desejos de um líder megalómano, forte e salvador que tenha todas as soluções, ora, actualmente, numa época de tanta diversidade e complexidade, para arrefecer os ânimos, precisaríamos do oposto, um líder avesso à autoridade e que tivesse uma, extraordinária capacidade de saber escutar os outros porque o grande drama actual é a falta de consenso, mas que, também, já não nos poderá servir de muito porque as centenas de grupos em que a sociedade está dividida, sejam os transportadores, agricultores, professores, médicos, reformados,... estarão sempre mais preocupados com a defesa dos seus próprios interesses e qualquer coligação, será sempre difícil e provisória.
Apesar de haver forças que tentam travar as mudanças, tenho a esperança de que elas terão de acontecer e, com ou sem dor, só serão possíveis, com a participação de Todos e para isso, será, cada vez, mais urgente, ideias totalmente novas e radicais.

Uma ideia que, por acaso, já é velha e que na altura me fez sorrir, começa a fazer mais sentido quando olho para os miúdos, tão à vontade, com as novas tecnologias e, conseguir ver, por aí, a possibilidade de milhares de cidadãos se representarem a eles próprios, poderem pensar e decidir em conjunto, num tipo de referendos directos, onde as grandes decisões virão de baixo e não de cima. Como somos nós que pagamos, presumo que os patrões somos nós e eles os funcionáríos ;)

Com acesso a uma verdadeira transparência de números, sem máscaras e sem serem, constantemente, alterados ou "massajados" pelos chico-espertos, estaremos certamente mais habilitados a poupar ou investir onde for necessário, pois quem, senão nós, fazemos autênticos milagres com o pouco que nos pagam.

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