Contratado por seis meses, anunciado na Internet de madrugada depois de uma conferência de imprensa delirante na despedida do seu antecessor, avisado desde o primeiro segundo que estava a prazo depois de juras de amor eterno àquele que substituiu, ajudado por um director que resolvia os problemas com os jogadores através do confronto físico e por outro que os punha fora da equipa pela televisão, despedido pelos jornais ao fim de uns meses e com um campeonato a decorrer (sendo anunciado logo o seu substituto), Carlos Carvalhal pode orgulhar-se de ser um treinador que trabalhou boicotado pelas pessoas que o contrataram.
O que a direcção do Sporting lhe fez foi uma humilhação sistemática. Só não digo que foi premeditada porque há muito perdi a esperança de que haja, naquelas cabeças, alguma coisa que seja realmente pensada cinco segundos antes de ser feita.
Publicado no site Sporting Apoio.