Fanáticos sem limites
Daniel Oliveira, 31.07.06
Depois de ler alguns blogues descubro que a culpa pelo massacre de Qana é dos que morreram e que o que é escandaloso é que as televisões nos mostrem os mortos.
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Souq de Aleppo
Escrevo de Alepo, no norte da Síria. A poucos quilómetros a sul, um país é destruido, num acto de selvajaria consentido pelo Mundo. Mais de 150 mil libaneses estão na Síria, esperando o dia do regresso que pode ser daqui a umas semanas ou meses. A maioria em Damasco. Muitos aqui em Alepo. Os sirios e todos os árabes vivem suspensos no que se passa no Líbano. Mas sem espanto. Há cerca de oito mil anos que o espaço que hoje é ocupado por Alepo é habitado, sem interrupções. Há milénios que é conquistado, reconsquistado, atacado e reconstruido. Aqui sente-se a história toda, em camadas, nas igrejas e nas mesquitas, nos bairros cristãos e muçulmanos. A história nunca passou. Repete-se sempre hoje. E todos os disparates simplistas que por ai se vão escrevendo sobre o Islão, lidos daqui, deixam de irritar. Fazem pena, como faz toda a ignorancia. E ver, ao olhar para os jornais portugueses na Internet, que não falta por aí quem defenda o que está a ser feito no Líbano deixa-me de sem palavras. E ver que não falta quem fale da história recente do Líbano sem falar da sua guerra civil, da anterior ocupacão israelita, de Sabra e Shatila, revela-me como o revisionismo historico tem as mais insuspeitas das faces.Mais para ler
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