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Enquanto os pais viam 567 vezes o mesmo vídeo para terem o prazer da indignação, os filhos transformavam tudo em gozo. Para o mesmo fim. Tudo o que aparece mais do que uma vez na televisão transforma-se em momento lúdico e comércio. Neste caso, de fraca qualidade, o que é lamentável. O dos adultos e o dos jovens. O choque colectivo com o vídeo é o sinal de uma sociedade à procura de "valores" e de "autoridade"? Não, é só o mesmo do costume: divertimento. O "deles" e o "nosso".
Agora sim, o 9º C está em grande. São heróis Pop. Não, não foram os adolescentes que trataram da promoção. Foram os canais de televisão e a turba indignada de candidatos a linchadores.
Imagem e vídeo via Activismo de Sofá e Manual de Deus.
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A blogosfera chegou cedo ao Algarve e não faltam blogues para escolher. Muitos nada têm de regional (como é normal) e a maioria são locais. Não há um blogue de referência evidente. Li muitos, procurei bastante, e acabei por escolher o que me pareceu mais aguerrido nas questões locais. Não faço ideia quem seja Pedro Cabeçadas, o autor do blogue Faro Este. Não sei quais sejam as suas simpatias políticas. Percebi apenas que não morre de amores pelo presidente da Câmara de Faro, o socialista José Apolinário. E nestas escolhas é isso mesmo que quero: quem faça o contraponto. Faro Este (bom nome) existe há três anos, dedica-se como poucos blogues algarvios aos problemas da sua cidade e tem preocupações ambientais, o que na tragédia que foi e continua a ser o ordenamento do território naquela região não é um pormenor. É um espaço de denúncia. Lá podem encontrar uma boa lista de blogues algarvios. O Faro Este é o blogue da semana.
Dois blogues do Algarve que costumo acompanhar com muita regularidade, mas muito raramente falam de questões locais, são o Vento Sueste, do Miguel Madeira e que já foi blogue da semana e vive em Portimão, e o Almareios, do João Romão, que vive em Vila Real de Santo António.
Outros blogues do Algarve: Albufeira Sempre, de Albufeira; A Defesa de Faro; de Faro; Makejeite, de Lagos; Antena Louletana e Grande Gente Louletana, de Loulé; Alcabrozes e Asul, de Olhão; Cartas de Alcalar, de Portimão; Local e Blogal, de Silves; Almariado e Terra do Sol, de Tavira; e A Fábrica, Alcagoita e Notas Soltas, que não consegui identificar o concelho exacto. Se faltar algum blogue fundamental, os algarvios que avisem.
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«O projecto do PS de fazer desaparecer o divórcio litigioso da lei portuguesa "é um grande erro que o país vai pagar caro no futuro", criticou o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Carlos Azevedo, para quem este projecto - que será debatido no plenário a 16 de Abril - é mais um sinal claro da postura de afrontamento que o actual Governo assumiu relativamente à Igreja Católica.»
Uma coisa extraordinária: a Igreja acha que fazer desaparecer o divórcio litigioso (que ela própria não permite aos católicos - nem esse, nem qualquer outro) da lei que rege o casamento civil é afrontá-la. A Igreja acha que tem um qualquer direito de propriedade sobre o casamento civil. O casamento de todos: católicos, protestantes, hindus, muçulmanos, agnósticos ou ateus. Para a Igreja, quando o poder político tem sobre qualquer tema uma posição diferente estará a afrontá-la.
A Igreja é contra o divórcio e gostava de dificultá-lo? Que o faça com os seus fiéis. É livre (e deve se-lo) de ter as posições que entender sobre cada assunto e tratar de usar instrumentos religiosos e a lei canónica para pressionar quem, por decisão própria, lhe resolve obedecer. Não é livre de querer que o Estado sirva para controlar os seus católicos e, por arrasto, os que não o são.
Independentemente das diferenças religiosas, cabe às democracias (ocidentais, mas não só) garantir a laicidade do Estado. Quer isto dizer que a religião trata de dizer o que devem ou não devem fazer aos seus fiéis (e eles obedecem se assim o entenderem), mas não decide como se devem comportar os restantes nem usa o Estado como instrumento de pressão das suas regras aos seus fiéis. Não sendo religioso, não dou a nenhuma igreja o direito de utilizar o Estado para me obrigar a ser o que não sou. E um Estado que sabe que não tem esse direito não afronta a Igreja. Limita-se a respeitar os direitos de todos.
Ou provavelmente até afronta. Mas foi com esse afrontamento a todas as Igrejas quem em todos os tempos de julgaram donas do poder secular que conquistámos a nossa liberdade. E será também afrontando todas as igrejas que outos países e culturas a conquistarão. E geralmente são os próprios fiéis que acabam por querer esta separação clara: Estado para um lado, Igreja para outro. A bem do Estado e da Igreja.
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«Quando no meio de ti, em alguma das tuas portas que te dá o senhor teu Deus, se achar algum homem ou mulher que fizer mal aos olhos do senhor teu Deus, transgredindo a sua aliança (...) Então tirarás o homem ou a mulher que fez este malefício, às tuas portas, e apedrejarás o tal homem ou mulher, até que morra.»
«E aquele que blasfemar o nome do senhor, certamente morrerá; toda a congregação certamente o apedrejará; assim o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do senhor, será morto.»
«Todo o que for achado será transpassado; e todo o que se unir a ele cairá à espada. E suas crianças serão despedaçadas perante os seus olhos; as suas casas serão saqueadas, e as suas mulheres violadas.»
«…matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos»
«Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada»
«Os homossexuais devem ser executados»
«As mulheres não devem usar roupa masculina - é uma abominação aos olhos do Senhor.»
«As mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. E se querem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos, porque é vergonhoso para uma mulher o falar na igreja»
«A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.»
Um pormenor que os crentes terão reparado: as frases não são retiradas de textos sagrados islâmicos. Se alguém resolvesse usar estas citações para descrever o Cristianismo o que lhe diriam? Que era um débil mental. No entanto não é o que se diz quando alguém escolhe este método idiota para retratar o Islão. Pode discutir-se as sociedades muçulmanas, que são muito diferentes entre si. Mas deixar que o debate desça a este ponto de indigência intelectual não é apenas um insulto aos muçulmanos. É um insulto à inteligência.
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