Recordar a Eurovisão
1966 - Ele e Ela - Madalena Iglésias
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1966 - Ele e Ela - Madalena Iglésias
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Como era previsível, Pedro Passos Coelho vai contar com o apoio dos "menezistas" (estranha coisa para se ser) que não perdoam a Santana a sombra que fez ao líder demissionário. E com o apoio daqueles que, não querendo Ferreira Leite, ainda têm alguma noção do país onde vivem e sabem que um regresso de Santana será motivo de chacota nacional. É provável que Passos Coelho precise do apoio de gente como Marco António para ganhar parte do partido e colocar-se em boa posição para, a prazo, vir a substituir ou Santana ou Ferreira Leite depois da derrota do PSD nas próximas eleições. Mas estar associado a figuras como estas terá sempre o seu preço.
Como personagem política, Pedro Passos Coelho tem muito pouco interesse. A sua notoriedade fez-se na liderança de uma "jota", a sua imagem está colada à de um homem de aparelho sem currículo, o seu discurso é redondo e baço. Mas parece ter a inteligência de perceber que ou o PSD encontra um espaço ideológico claro ou está condenado a viver de crise em crise. Ele escolheu uma espécie de liberalismo mitigado. Não sei se resulta, mas é um caminho. Ter um passado político pouco marcante, ser facilmente moldável, ser relativamente jovem e parecer ter poucos anti-corpos fora e dentro do PSD joga a seu favor num partido que parece perdido e ansioso por começar do zero. A sua imagem não está assim tão distante da de Sócrates, quando se candidatou à liderança do PS. É um cabide onde se pode pendurar uma nova roupagem.
E uma coisa parece provável: dividindo votos, vai dar a vitória a Ferreira Leite e afastar Santana do regresso à liderança. Talvez o PSD ainda não o perceba, mas ficará a dever esta a Passos Coelho.
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