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Arrastão: Os suspeitos do costume.

E tudo é cada vez mais familiar (actualizado)

Daniel Oliveira, 28.05.09

Relatos da vida de um gangue

Daniel Oliveira, 26.05.09
Para além de algumas considerações cómicas que envolvem meias, riscos de chapada, problemáticas do ego e histórias dignas do "Padrinho", fica uma dúvida, entre muitas, depois do interminável depoimento de Oliveira e Costa: como pode, depois do dia de hoje, continuar Cavaco Silva a não retirar a confiança política ao conselheiro de Estado que nomeou? A frase do dia: "A participação de Dias Loureiro na SLN acabou como começou - a criar problemas e a negar que tenha estado na sua origem". E que António Marta é que disse a verdade sobre a conversa que teve com Dias Loureiro. Oliveira e Costa fala a verdade? Não sei. Pode o nome de Conselho de Estado continuar envolvido neste filme? Não.

É mentira! Os imigrantes são maus para a economia! E se não são maus para a economia... são maus, pronto!

Daniel Oliveira, 25.05.09
Portugal está a perder capacidade de atracção para os imigrantes. E, se o país não for capaz de segurar os imigrantes que tem e atrair novos, vai ficar mais velho e mais pobre, alertam vários especialistas ouvidos pelo "Público". Os imigrantes representam seis por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2007, foram responsáveis por 9,7 por cento dos nascimentos. E uma projecção recente do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que, sem imigrantes, a população descerá em 2060 aos 8,2 milhões. Muito antes disso, já a sustentabilidade da Segurança Social terá caído por terra.

Todos concordam que um cenário de retracção dos imigrantes será fatal. "O país só ganha em suster os imigrantes que tem", avisa Eduardo Sousa Ferreira, professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão e autor de um estudo sobre a contribuição dos imigrantes para a economia portuguesa. "A imigração contribui para seis por cento do PIB, o que é uma percentagem enorme", acrescenta, convicto de que "a alternativa à entrada de imigrantes é uma muito maior estagnação da economia".

Os 420.189 imigrantes que, no final de 2007, se encontravam em território nacional, segundo o SEF, perfazem cinco por cento da população do país e oito por cento da população activa. Aqui não entram em linha de conta os ilegais. Serão entre "55 mil a 75 mil", nas contas de Solla, para quem, mais do que preocupar-se com quotas, o Governo devia "dar autorizações de residência a quem, tendo entrado de forma irregular, tenha contrato de trabalho válido e contribua para a Segurança Social".

Tal nem sempre acontece, segundo Eduardo Sousa Ferreira, "porque há um custo administrativo associado e, por outro lado, os empresários também não estão interessados nisso, porque um ilegal tem um grau de obediência que não teria se estivesse legal". Dito de outro modo, "os empresários portugueses aproveitam para ganhar mais à custa dos imigrantes e o Governo não está interessado em contradizê-los".