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Arrastão: Os suspeitos do costume.

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Daniel Oliveira, 30.06.09
Não vi o programa de José Pacheco Pereira sobre os media. Não é grave. Depois consulto as queixas do PSD à ERC. Uma coisa me perturba: como pode o programa ecosfe

Já se sentem os ventos da liberdade

Daniel Oliveira, 30.06.09

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Os golpistas hondurenhos que quiseram impedir uma consulta não vinculativa para marcar outra consulta para autorizar a criação de uma assembleia constituinte que se julga que passaria os mandatos do presidente de um para dois (um pouco diferente da tese de que se queria eternizar no poder através de um referendo), prenderam (e depois libertaram) o cartoonista Allan McDonald e a sua filha de 17 meses (via 5 Dias). Já se sentem os ventos da democracia e da liberdade num país onde o Supremo Tribunal autoriza raptos de presidentes, justifica golpes militares e até quer decidir quem é o Chefe Maior das Forças Armadas.

No Expresso

Daniel Oliveira, 30.06.09
Sempre que pensamos em desemprego pensamos na sua dimensão financeira: dificuldades nas famílias e despesas acrescidas para o Estado. Mas há uma dimensão mais profunda: o emprego é a forma mais poderosa de inclusão social. (...) Deixar uma em cada dez pessoas activas sem esse propósito é, além de todos os problemas financeiros, muito mais perigoso do que parece. O desemprego não é apenas um problema económico e social. É um grave risco para a democracia.


O primeiro-ministro está num beco sem saída: se se vira para o voto do centro perde à esquerda sem ter a certeza de ganhar qualquer coisa; se se vira para a esquerda não ganha à direita e provavelmente não consegue recuperar o suficiente para vencer. Se puxa a manta para os ombros destapa os pés.


Ler texto completos ou comentar aqui.

Temos líder!

Daniel Oliveira, 30.06.09
José Manuel Fernandes deu mais um ar da sua graça nas caixas de comentários dos blogues. Para dizer o quê? “O meu colega e o editor a quem enviou o texto não tinham tratado de nada e só quando estava a escrever o editorial e quis fazer uma remissão me apercebi dessa sua falha. Pude corrigir na web, já não consegui fazê-lo na edição papel.” Aqui temos um director que, perante uma falta do seu jornal, vem explicar em público que a culpa é dos seus subordinados.

Tu, parasita do emprego criado

Daniel Oliveira, 30.06.09
Helena Matos entrou no debate sobre as soluções para a crise e, sentada ao volante, depois de um olhar de soslaio para o taxímetro, fixou-se no retrovisor e atirou: "Quantos dos subscritores do manifesto dito pelo emprego já criaram postos de trabalho e tiveram de fazer contas para ver como no fim do mês pagam salários, cumprem obrigações fiscais, pagam a fornecedores e, claro, ainda investem na modernização do negócio/empresa?"

Helena Matos é jornalista. Que eu saiba (posso estar enganado), nunca criou uma empresa. Não sei como se atreve a ter opinião sobre o futuro do país e as grandes decisões do Estado. Como se sabe, a participação cívica deve ser exclusivo dessa nova classe de vanguarda que são os empresários. Os que, generosamente, até pagam salários (uma espécie de subsídio de beneméritos). E alguns ex-ministros, claro.

Mas fica a resposta à magna e sempre presente pergunta de Helena Matos: todos os que entre eles sejam competentes criaram emprego. Todos os trabalhadores que são produtivos criam emprego. Todos. Começa a ser um pouco cansativa esta ideia de que os empresários são os elementos activos da sociedade e que quem trabalha é um elemento passivo, à espera que o emprego seja criado, que o salário seja pago, que… Nesta novilingua, o trabalhador é, na realidade, um parasita. Trata-se de uma espécie de marxismo virado de pernas para o ar. Mas, cara Helena Matos, quem trabalha cria riqueza. E quem cria riqueza cria emprego.

Na vanguarda

Daniel Oliveira, 30.06.09
Ontem, José Manuel Fernandes conseguiu dar mais um passo inovador no jornalismo português: responder no seu jornal a um texto de opinião de um colaborador no mesmo dia em que ele foi publicado. Assim, quem lesse o texto de Rui Tavares conseguia, na mesma edição, ler a resposta directa de José Manuel Fernandes umas páginas antes. Nunca nenhum director o tinha tentado: aproveitar o facto de ter acesso a um texto de um colunista antes dele sair para lhe responder por antecipação. Ainda assim, Rui Tavares não leva vantagem. Os subscritores do manifesto tiveram o privilegio de ler a resposta ao seu texto ainda antes dos leitores do "Público" saberem da sua existência. No seu desenfreado activismo político, o director promete continuar a inovar. Este jornal de referência, que José Manuel Fernandes insiste em tentar transformar no seu próprio órgão central, é que perde com tanta militância.

Reviver o passado nas Honduras

Daniel Oliveira, 28.06.09


Rejeitado por todo o mundo, dos EUA à Venezuela, o golpe militar nas Honduras é uma revisitação ao velho hábito dos militares latino-americanos se considerarem a si próprios como um Estado acima do Estado. Como árbitros (quase sempre em interesse próprio) dos jogos políticos e não como subordinados do poder democrático. Sempre prontos para corrigir os "erros" do povo e para devolver o poder à direita que tão bem lhes serve e que tem perdido nas urnas o que se habituou a conquistar nos quartéis. Nas Honduras, ache-se o que se achar do presidente eleito, é a democracia que está em causa. A América Latina conquistou-a depois de muito sangue. Uma coisa é contestar a constitucionalidade de um acto presidencial, outra é substituir a democracia pela força das armas para fazer chegar a presidente quem o povo ainda não escolheu. Quem defende o respeito pela Constituição num dia não pode, no dia seguinte, raptar e deportar um presidente eleito, tentar forjar uma demissão do próprio e nomear para presidente quem até acabou de perder eleições internas no seu partido. Um golpe militar numa democracia é um golpe militar numa democracia. E é de um golpe militar e de uma democracia que estamos a falar.

Aviso à navegação

Daniel Oliveira, 28.06.09
O Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros foi condenado a pagar indemnização de 38 mil euros a Ana Sofia Damião, na sequência de um processo em que a aluna exigia o reconhecimento da responsabilidade do Instituto nos factos relacionados com a praxe a que foi sujeita.

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