O círculo vicioso da austeridade
Sócrates admite mais austeridade para atingir défice de 4,6% este ano. Ler Alejandro Nadal: O governo controla o gasto, não o défice.
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Sócrates admite mais austeridade para atingir défice de 4,6% este ano. Ler Alejandro Nadal: O governo controla o gasto, não o défice.
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Esta é a pergunta que o blogue Massa Monetária do Negócios colocou a Álvaro Santos Pereira e a mim. Santos Pereira diz que "A austeridade é necessária mas não é suficiente". Austeridade permanente? Não, obrigado, digo eu: Não satisfeitos pela factura apresentada aos contribuintes pelos efeitos dos desvarios do sistema financeiro, os mesmos mercados pediram, em 2010, um segundo pagamento através do aumento das taxas de juro da dívida pública, em especial nos países periféricos. A política económica de austeridade, desenhada para aplacar a pressão dos mercados, já fracassou neste intento. Qualquer que seja o modelo de aplicação e a distribuição do seu fardo, o resultado da austeridade é a recessão e a continuação do aumento do desemprego, sem perspectiva de crescimento futuro. As políticas de austeridade fazem do trabalho, dos salários directos e indirectos, a principal variável de ajustamento à crise. Assim não se criam os empregos de que necessitamos porque não se resolvem os dois problemas que travam o investimento: o acesso ao crédito e as expectativas de evolução da procura. O resto pode ser lido aqui.
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Gosto tanto de algumas unanimidades como desaprovo outras. Não cultivo a atitude de ser sempre do contra nem cedo sempre às imposições da moda. O meu meio-termo é o meu gosto, e apenas erro quando não sei do que falo – e admitir isto não diminui o pecado.
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Defender os serviços públicos não significa ter apenas um discurso sindical, onde se agrada a todos e a todas as suas exigências. Quem defende que o Estado Social deve garantir aos cidadãos os serviços fundamentais para a sua qualidade de vida tem de fazer escolhas. E por vezes escolhas difíceis. Não esquecendo três critérios fundamentais: racionalidade, justiça e coerência.
Nenhum destes critérios permite defender a existência da ADSE no nosso sistema de saúde. Se não vejamos:
A existência da ADSE é insustentável porque promove a irracionalidade. Entregamos a gestão de recursos a quem não os paga. Quem fornece o serviço não só não tem de promover a racionalidade de custos como tende a ganhar tanto mais quanto mais irracional for. Junta-se a isto o facto de, como acontece com as seguradoras, os beneficiários da ADSE poderem usar os hospitais públicos em atos médicos mais complexos ou dispendiosos.
A ADSE é injusta. Não há forma de defender que enquanto os trabalhadores do privado estão obrigados, caso não tenham rendimentos para mais, a usar um serviço do Estado, os trabalhadores do Estado nas mesmas circunstâncias possam optar por serviços privados financiados pelo Estado. A mensagem que o Estado passa é a de que o que é bom para os funcionários dos outros não chega para os seus.
A ADSE, para quem se bate de forma coerente pelo Serviço Nacional de Saúde, é indefensável. É incoerente criticar as parcerias público-privado que dilapidam os cofres públicos ou o cheque-ensino e defender a ADSE. Quem defende que o SNS deve ser para todos e não apenas para os mais pobres não pode depois aceitar que haja um sistema de exceção para os funcionários do Estado.
Esta posição não se pode confundir com as dos que atacam a ADSE como forma de atacar os funcionários públicos e através deles o papel social do Estado. A critica à existência da ADSE faz-se do lado oposto: a defesa de um SNS público e universal e do papel do Estado como prestador de serviços sociais
Apesar dos funcionários públicos já utilizarem os serviços hospitalares do Estado para muitos atos médicos, integrar 700 mil pessoas em todos os serviços do SNS não é coisa fácil. Discursos apressados nesta matéria são irresponsáveis. Acabar amanhã com a ADSE seria uma loucura. Mas quem quer ter um discurso coerente sobre o Estado Social e serviços públicos justos e racionais tem de defender o fim da ADSE e de todos os subsistemas de saúde que não sejam meramente complementares. Custa? Claro. Toda a política séria faz-se de escolhas difíceis.
Publicado no Expresso Online
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Que fofura: João Miranda compara o Hamas, o partido mais votado nas eleições em território palestiniano (que, lembre-se, ainda não é um país independente) e cujo líder nem sabemos bem quem é (não vale ir à Wikipedia) com ditadores de créditos firmados - como soi dizer-se - déspotas que não hesitam em dizimar a população para se manter no poder. Ah, bendito liberalismo; se eu fosse mais crescido, aderia de imediato a tanta pureza de intenções. Este é o caminho.
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Não vi discursos do rei nem outras coisas que tal, portanto a minha opinião vale o que vale, mas, de entre os filmes nomeados, a Rede Social é de longe o melhor - a tal coisa sobre a actualidade que melhor descreve a... actualidade, mas sobretudo um tour de force do argumentista, Aaron Sorkin. O Cisne Negro é um bom filme, mas melhor do que o filme é a superlativa Natalie Portman, que consegue demonstrar que beleza e talento são perfeitamente compatíveis. Dos actores, confesso que nada vi, mas a minha aposta será em sempre em Jeff Bridges; Colin Firth é um protótipo inglês, como o Jaguar: muita técnica, nenhuma diversão - as mulheres gostam dele apenas pelo Mr. Darcy, sem perceberem que este é apenas uma personagem de ficção (de outro mundo, graças a Jane Austen, uma das poucas coisas que tenho em comum com Vasco Pulido Valente). Quanto a toda a envolvência psico-social dos Oscares, o que tenho a dizer é que gosto, sempre gostei, e acho que de facto são a celebração do mundo do cinema, mesmo quando objectos inclassificavelmente maus como Shakespeare in Love (e é pena que o único prémio da Academia ganho por Gwineth Paltrow tenha aparecido graças a esta mediocridade) vão longe. Também não percebo porque deixou de ser convidado para apresentar a cerimónia o Jon Stewart; e muito menos entendo porque nunca foi convidado o Ricky Gervais ou o Larry David. Este ano, então, temos um descendente de portugueses que é um actor apresentável - James Franco - e uma Anne Hathaway suficientemente distante da fabulosa Julia Roberts para que queira ser como ela, mas que, na minha cabeça, não passa da Rainha Branca do fraquíssimo Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton. E o único filme que eu acho bem não ter sido nomeado foi a fraude Shutter Island, do realizador mais sobrevalorizado de sempre, Martin Scorcese. Eu tenho qualquer coisa contra Scorsese, admito: o únicos dois filmes que ultrapassam a mediania são documentários: No Direction Home, excelente, e A Minha Viagem a Itália. Taxi Driver é um bom filme, mas com demasiada consciência da sua importância and all that bullshit. E Touro Enraivecido é um filme cagão, com preto e branco e tudo. Tudo é resto é banal, ou péssimo, e ele apenas acerta novamente com O Cabo do Medo, mas isso apenas porque Robert de Niro dá asas a todo o overacting que tem em si.
Resumindo e concluindo, os Oscares são uma celebração, e é apenas normal que Forrest Gump tenha ganho o Oscar. Orson Welles nunca ganhou, e quer-me parecer que pelo menos cinquenta por cento dos membros da Academia nunca viu um filme do Godard. Muito menos Film Socialism, que é bem capaz de ser o melhor filme de 2010. E ainda não estreou em Portugal.
*Lembrei-me agora, o filme de entre os nomeados é, sem qualquer dúvida, Toy Story 3. Aquele de que me lembro de mais cenas, mais vezes, com mais emoção. Genial, e o facto de ser um filme de animação ainda torna o feito mais significativo. Viva a Pixar!
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The Fighter (David O. Russell)
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UNIVERSIDADE DE PRIMAVERA DO FÓRUM MANIFESTO
Estado Mínimo, Crise Máxima
25 a 27 de Fevereiro, Ovar
PROGRAMA
25 de Fevereiro, Sexta 21H
Conferência de abertura: ‘Estado e Sociedade’
Luís Fazenda e José Manuel Pureza
26 de Fevereiro, Sábado
10h – 12h30
Sessão de trabalho – Serviço Nacional de Saúde
Aula: Pedro Ferreira – Professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Mesa Redonda: com João Semedo
14h30 – 17h30 Sessão de trabalho – Educação
Aula: Manuel Sarmento – Universidade do Minho
Mesa Redonda: com Ana Drago e Maria José Araújo
18h
Mesa redonda ‘A nova esquerda e os novos na esquerda’
Com Hugo Ferreira, Gonçalo Monteiro, Pedro Feijó e José Miranda
Moderação de Daniel Oliveira
21h
Sessão de trabalho – Cultura
Com Catarina Martins
27 de Fevereiro, Domingo
10h – 12h30
Sessão de trabalho Segurança Social
Aula: Carvalho da Silva – Secretário-Geral da CGTP
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Melhor actriz secundária:
Hailee Steinfeld (True Grit)
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Melhor Actor secundário:
Christian Bale (The Fighter)
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