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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Desemprecarizar

Miguel Cardina, 30.01.11

Chama-se "Parva que sou" e é uma nova canção apresentada pelos Deolinda há dias no Coliseu do Porto. A música é boa, a letra é incisiva mas é a reacção vibrante do público que nos diz o essencial. Temos hino, temos ânimo, falta-nos mais combate.

 

Sou da geração sem remuneração / e não me incomoda esta condição. / Que parva que eu sou! / Porque isto está mal e vai continuar, / já é uma sorte eu poder estagiar. / Que parva que eu sou! / E fico a pensar, / que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar. / Sou da geração ‘casinha dos pais’, / se já tenho tudo, pra quê querer mais? / Que parva que eu sou! / Filhos, maridos, estou sempre a adiar / e ainda me falta o carro pagar, / Que parva que eu sou! / E fico a pensar / que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar. / Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’ / Há alguém bem pior do que eu na TV. / Que parva que eu sou! / Sou da geração ‘eu já não posso mais!’ / que esta situação dura há tempo demais / E parva não sou! / E fico a pensar, / que mundo tão parvo onde para ser escravo é preciso estudar.

3 comentários

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    da Maia 01.02.2011

    Olá Cristina,


    pois eu acho que este hino é muito bom!
    Deve tocar a geração e o tempo actual a fundo, e não ser uma remniscência doutros tempos. 
    Os velhos das lutas antigas têm as suas cantigas, esta nova geração precisa de ter as suas:
    .... e só depois juntos até à vitória final.


    E isto entra nas play-lists das rádios?... dá-me ideia que não! Vai ficar-se pelas festas de caloiros, o que já é muito bom...


    Abraços,
    da Maia
  • Sem imagem de perfil

    "Pirralha...eu?" 01.02.2011

    Parente da Maia


    Esses velhos lutaram até ao fim pelas suas convicções e perderam.


    Uns, os das tais Organizações vão dizendo que não, mas consideraram que tinha sido a derrota final e adaptaram-se ao sistema dos vencedores.


    Uma ou duas vezes por ano limpam o pó aos seus hinos e põem-nos a tocar nas manifestações.


    Outros, não se resignam e apelam à luta, mas são vozes isoladas.


    Qual deles vai ser ouvido por qualquer geração?


    O hino dos Deolinda é muito bom, a reacção do público ainda é melhor, mas como disseste também já seria muito bom que se ficasse pelas festas de caloiros.


    Nessas ou nas da queima das fitas ainda tinham que destronar os Quins Barreiros e o efeito mobilizador passava no dia seguinte, tal como o das manifestações, com os hinos antigos.


    Até à vitória final é o lema de um combate que una novos e velhos sem medo de lutar, seja qual for o hino utilizado.


    Como dizia alguém, quem luta pode perder, mas quem não luta perde sempre.


    Beijocas


    Cristina


    PS: Está aqui um velho a dizer-me que te mande abraços.


     

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