Deveriam ter o BE e o PCP aceitado encontrar-se com a troika infernal do FMI? Haverá questionáveis razões calculistas que terão levado à decisão dos partidos, mas julgo que a questão dos princípios terá sido essencial. O FMI é a mais horrenda extensão das políticas do austeritarismo prosseguidas pelo PS e apoiadas por PSD e CDS. A recusa do BE e do PCP em ouvirem o FMI não significa, ao contrário do que alguns de direita querem fazer crer, que estes partidos se coloquem de fora do processo democrático. Estão fora, sim, das políticas económicas que levarão o país ao descalabro económico. Portanto, uma posição de princípio. Participar no processo democrático, neste caso, significa recusar o diálogo com os nossos carrascos e encontrar outras formas de lutar contra as imposições de fora que apenas vão reforçar as políticas erradas que conduziram o país ao descalabro. Democracia, lamentamos, não é sinónimo de liberalismo económico selvagem. Estiveram muito bem os dois partidos nesta situação, e poderá este ter sido o empurrão decisivo em direcção a uma verdadeira política de protesto contra o pensamento único ultraliberal.
Sérgio Lavos
Concordo totalmente contigo.
Portugal está perante uma invasão dos tempos modernos, mas a linhagem dos Vasconcelos aí está disposta à vassalagem para continuar a viver à tripa forra e Portugal e o Povo que se ...lixem.
Pois, se a invasão fosse militar, haveria sempre quem estivesse disposto a negociar qual o lado pelo qual escolhia ser invadido.
Gaita, os que não têm vergonha na cara tapem-na, mas não queiram obrigar-nos a pôr o cu de fora e respeitem a dignidade dos que não se submetem.
“Que importa perder a vida
Em luta contra a traição
Se a razão mesmo vencida
Não deixa de ser razão.”
Aleixo amigo, a pirralha está contigo!
Cristina
PS: Também estou com o Sérgio e com toda a gente que ouse dizer NÃO!
Terá chegado a hora de começar a pensar nas barricadas?
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