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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Injustiça

Bruno Sena Martins, 19.01.12

É uma injustiça o que estão a fazer ao João Proença. Chamarem-lhe sindicalista. Não se faz.

6 comentários

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    Pedro Lourenço 20.01.2012


    ó amigo Clint, eu não sei se é verdade porque não ouvi.

    Mas permita-me que lhe apresente as razões pelas quais acredito que tal efetivamente aconteceu.

    Primeira: Proença nada tem a ganhar em mentir neste caso. O acordo está assinado, ato consumado; por muita mentira que ele possa dizer nada lhe tirará o epíteto de traidor e coisas assim. O máximo que pode é establecer a verdade. Mas para isso, basta-nos pensar um pouco. Pela nossa cabeça e não pela cabeça do comité central. Assim sendo, avancemos à segunda.

    Segunda: com o objetivo de manter a ilusão, a CGTP nunca poderia aceitar qualquer acordo, mesmo que saiba que a alternativa ao acordo fosse medidas bastante mais gravosas para os trabalhadores do que este acordo. Ser-lhes-ia muito difícil explicar isso e a onda de indignação contra a UGT - de que este post é um perfeito exemplo, daí ser disparatado - sentir-se-ia muito mais contra a CGTP porque de uma sindical fundada pelo PS e PSD não podemos esperar muito. Logo, as pessoas teriam rompido com a CGTP e isso não é bom para a CGTP, para o PCP e não seria bom para o sistema capitalista português que deve muito à CGTP por "encarreirar" os protestos de forma a que estes, em última análise, não sejam prejudiciais.

    Terceira: Para a CGTP, controlada pelo PCP, é importante que a situação não descambe. Porque assim mantém a situação como está o que lhe permite manter a sua influência numa franja importante da população e menter o status de ser um partido parlamantar. Não é muito, dirá. É o suficiente para manter uma elite, seja no partido, seja no sindicato. E isso é muito importante porque para o PCP existirá sempre uma elite que convém proteger que não é necessariamente o proletariado ou a classe média proletarizada.

    Quarta: Caso nenhum acordo fosse assinado, as consequências seriam um maior desiquilíbrio nas relações laborais que permitiriam certamente o lock out de algumas horas por dia com o consequente corte salarial. Isso levaria a que a situação social se degradasse muitíssimo e o PCP e a CGTP, das duas uma: ou alinhavam com a rebelião alagada a todo o país e teriam de se habituar a uma nova realidade com consequências muito gravosas para suas suas elites que se veriam obrigadas a lutar e a serem revolucionárias - algo que lhes deva jeito nenhum - ou finalmente seriam obrigadas a deixar cair a máscara, abandonando definitivamente os intentos revolucionários e com isso perderiam a sua influência sobre a população, o que significaria que o PCP e a CGTP deixariam de ter importância para o sistema capitalista e com isso perderiam o sustento das suas elites.

    Por tudo isto se percebe que o Proença foi usado para fazer o trabalho sujo. Foi pouco inteligente o Proença.? Se calhar, mas não lhe restava qualquer outra alternativa.

    Percebeu porque é perfeitamente plausível que altos quadros da CGTP e do PCP tenham aconselhado o Proença a assianr o acordo? 

    Agora, claro, os da CGTP processam criminalmente. E ganham. Porque certamente que o Proença não consegue provar a existência dessas conversas. Se o conseguisse, os da CGTP não eram doidos a ponto de entrar em tribunal com uma ação que os desmacarasse.

    Se o amigo Clint, ou qualquer outra pessoa que tenha tropeçado neste exercício vagamente subversivo, tiver algo a contrapôr, por favor faça-o porque eu gosto de ser contrariado. Só assim consigo aprender.
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    joroca 20.01.2012

    Pedro Lourenço, ganhas ao Spielberg!! E que tal pensar que os senhores que incentivaram o Proença a assinar este acordo criminoso poderão estar aqui  http://corrente-css.blogspot.com/2011_08_01_archive.html (http://corrente-css.blogspot.com/2011_08_01_archive.html)  ?!

    E agora ou Proença diz quem foram ou arrisca-se a ser desmentido. Porque toda a trama que criou não tem sentido. Sentido nenhum. Baseou-se em especulações sem qualquer fundamento que não a mera intriga. Eu diria: alucinações! Deixe de tomar disso.
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    Pedro Lourenço 23.01.2012

    Nem lhe peço para me dar factos.

    Ficava satisfeito se me apresentasse argumentos.

    Mas mais uma vez as minhas expetativas sairam defraudadas.
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    A.R.A 23.01.2012

    PEDRO LOURENÇO

    Os argumentos que busca, perante a sua rebuscada teoria, serão sempre tidos por si como insatisfatorios pois o Pedro não consegue vislumbrar a postura de idiota util a que o Proença se prestou (os intentos poderão ser isso sim alvo de especulações) e se quiser factos para analisar poderei de bom grado adiantar-lhe um:

    - A questão da meia hora a mais; tal medida que no fundo nem aos patrões fazia sentido, foi como exigir o impensavel como "moeda" de troca para, no final, deixar cair tal ideia estapafurdia e assim o governo alcançar os seus intentos, vulgo os da CIP.  

    É verdade que a postura do João Proença que, mês e meio andava de braço dado com o Carvalho da Silva na greve geral (é bom não esquecer!), foi surpreendente até para os seus associados mas nunca para quem já o tinha visto fazer "coisas do genero" a mando do ps.

    A.R.A

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    pedro lourenço 23.01.2012

    "o Pedro não consegue vislumbrar a postura de idiota util a que o Proença se prestou"

    eu vislumbro. Até lhe chamo pior que idiota útil.

    Mas do Proença eu não espero nada. O tipo é do PS, esse sim, o partido mais inútil de sempre. E esses, como se costuma dizer, não nos desiludem porque já nada deles esperamos.

    Da CGTP não se pode dizer o mesmo...

    Daí que a minha teoria, que o ARA apelida de rebuscada, não é teoria. É pura análise. E é pura constatação da nulidade que a CGTP foi desde que foi fundada. Pelas razões que acima apresento.

    Abraço
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