Um país em estado de sítio
«Serviços de internamento cheios obrigam a pôr doentes nos corredores do Sta. Maria.
Uma fonte próxima da principal unidade do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) disse mesmo ao PÚBLICO que “o Hospital de Santa Maria virou um autêntico hospital de campanha” nos serviços de internamento, “porque é o cenário que mais se assemelha à realidade vivida nestes serviços nos últimos tempos”
“Além dos 21 utentes que podem receber em camas no internamento, quase todos os serviços estavam com 10 utentes internados ao longo do corredor numa maca”
José Pinto da Costa apontou ainda a crise como outra razão para o excesso de afl uência ao hospital, que levou a que muitas pessoas deixassem de ter um seguro de saúde.»
De realçar o falhanço da estratégia do antigo gestor da Medis, Paulo Macedo, para convencer os utentes a recorrerem aos serviços de saúde privados, destruindo assim o SNS. Por causa da crise, e mesmo com um agravamento brutal das taxas cobradas pelos serviços de saúde públicos, não há dinheiro para CUF's ou Hospitais das Luzes. Só os ricos continuam a poder ter esse privilégio. Em tempos de acelerado empobrecimento, as desigualdades sociais crescem ainda mais no país mais desigual da UE.