o estímulo
rabiscos vieira
Vítor Gaspar: “Evolução do desemprego é um estímulo para acelerar reformas estruturais”
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rabiscos vieira
Vítor Gaspar: “Evolução do desemprego é um estímulo para acelerar reformas estruturais”
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O Vento, qual varinha de condão, faz com que os grãos do cereal no moinho, se transformem em farinha, da qual se fará o pão que alimentará milhões de bocas. A energia conjugada da força da natureza com a força humana, fazia com que a produção de nossas terras, nelas tivesse escoamento e sabe Deus quantas vezes a farinha seguiu para Espanha no tempo da guerra civil espanhola. É pena que os Relvas & Ca., não tenham este exemplo presente nas tuas teorias dividiocráticas; lembro de ter lido algo sobre Dom Quixote que combatia moinhos de vento, fico aqui com a impressão de que da sociedade atrás citada, fazem parte cavaleiros da triste figura:
MOINHO
-
Muro circular de pedra e cal
Onde havia mós, pau e velas
Inda existe no nosso Portugal
Noutras terras também belas!
-
Houve tempos em que moía
O grão de milho ou o de trigo
Só com vento, sua economia
Dava-lhe corpo de ser antigo;
-
Elevado ao Céu em ruído faz
Vento moer com sofreguidão
Estala tod'os grãos e é capaz
-
Nas suas mós, como a varinha
Tudo derreter de um rijo grão;
O grão com dor virar farinha!
-
Eugénio dos Santos
A receita do FMI Troika costuma dar certo. Se um país vive acima das suas posses toca a empobrecer o país até voltar a viver de acordo com aquilo que produz.
Isto num pequeno país em vias de desenvolvimento era infalível. A agricultura e a indústria começavam lentamente a produzir mais, aumentava o emprego e a economia recuperava. Como o sector primário e secundário empregava mais de 60% da população, os empregos perdidos nos serviços facilmente eram recuperados com o aumento da produção na indústria e agricultura
Mas agora aplicar a receita a países onde mais de 60% das pessoas trabalha nos serviços, certamente que será uma experiência colossal, os empregos perdidos nos serviços nunca poderão ser recuperados pela indústria e pela agricultura na totalidade.
Para tornar a experiência ainda mais interessante e dramática, os estados que compõe o aglomerado de nações que é hoje a união europeia estão todos tolhidos por uma divida per capita elevada. Cada português produz metade de um europeu, no entanto também só deve metade.
Com toda a europa em conjunto a adoptar estas medidas o crescimento por via do aumento das exportações da união europeia para o resto do mundo teria que gerar um excedente comercial superior ao da china o que não parece ser exequível.
Bom a receita à partida parece levar a um brutal crescimento do desemprego, uma quebra das receitas do estado e das vendas das empresas.
Pior ainda! O grande capital, que é composto por homens, que sabem fazer contas, começa a cortar o apoio aos governos. Os grandes capitalistas começam a ficar deprimidos ao ver o valor das suas fortunas diminuir. Principalmente aqueles, cujas empresas dependem do poder aquisitivo da classe média para venderem os seus produtos.
Esta perda do apoio do grande capital pode levar a baixas nos governos pois muitos políticos contam com uma efémera passagem no poder, como um passaporte para empregos bem remunerados a soldo do grande capital.
Bom! Portugal está no mesmo barco de toda a europa, só que devido ao facto de se encontrar na borda é dos primeiros a apanhar com as ondas.
Seria bom que o nosso primeiro-ministro fosse um praticante de surf para ver se Portugal voltava a apanhar boas ondas.
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