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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Só umas dúvidas

Daniel Oliveira, 26.05.06


REUTERS/Lirio Da Fonseca



Ao que parece, as posições, no conflito timorense, de Mari Alkatiri, com a FRTILIN e o governo legítimo de Timor do seu lado, e Xanana Gusmão, sempre com o apoio da Igreja, não são exactamente as mesmas. As forças portuguesas vão a pedido de quem? Era dos dois? Ainda é? Que papel desempenharão os portugueses caso as coisas azedem entre as várias partes?

Sabendo que os australianos não gostam de Mari Alkatiri nem com molho de tomate, qual será o papel dos seus militares, em presença esmagadora, sobretudo tendo em conta os seus interesses no território? E Portugal apoiará possíveis acções australianas que diminuam o espaço político e institucional do primeiro-ministro? E se não apoiar?

Qual o papel da ONU? Limita-se a apoiar acordos que são bilaterais entre cada força estrangeira presente e o Governo/Presidente de Timor? Parece que sim. Quem vai mandar nas forças presentes? É cada um por si? É Xanana? É Alkatiri? São os australianos?

Se as forças da GNR vão restabelecer a paz, quer dizer que vão capturar militares timorenses revoltosos? Não vão restabelecer a paz? Vão apenas garantir a paz, evitando novos conflitos em Dili? Vão reprimir manifestações? E se houver guerra civil? A GNR é a força indicada?

Todas estas perguntas são sinceras. Acho muito bem que as forças portuguesas vão para Timor para ajudar os timorenses. Com a condição evidente de saberem o que lá vão fazer e a garantia de que não se envolverão em manobras políticas entre diferentes órgãos de soberania timorenses e outras forças estrangeiras. Talvez alguma informação e ponderação política ajudem à decisão certa. Sobretudo a decisão certa para os timorenses.

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