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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Para perceber alguma coisa, voltemos à frieza da política

Daniel Oliveira, 29.06.06



Leiam esta esclarecedora entrevista do "Diário de Notícias" a Nuno Antunes, que colaborou com o governo timorense nas negociações sobre os recursos do mar de Timor. Infelizmente falta uma caixa da entrevista sobre as novas ligações comerciais que Alkatiri estava a desenvolver e que desagradavam profundamente Jacarta e Camberra.

Três citações do que falta:

«Do ponto de vista da Indonésia e da Austrália, Timor-Leste só tem duas opções: ou fica na esfera de influência de Camberra ou de Jacarta. E este foi o problema deste primeiro governo timorense: não quis ficar na esfera nem de um, nem doutro, razão pela qual tentou atrair outros parceiros para Timor-Leste.»

«Naquela região, Indonésia e Austrália falam um com o outro e decidem tudo sem consultar ninguém. É como se fossem os EUA e a URSS no período da Guerra Fria. No caso particular de Mari Alkatiri, e para além das relações que tentou estabelecer com a Malásia, a CPLP e a China, existia também uma ligação com o Médio Oriente. E, em especial, ao Koweit, o que era igualmente perturbador para Jacarta e Camberra».

«Com Maria Alkatiri era muito simples: detectado um problema, tentava perceber quem podia ajudar a resolvê-lo. Se fosse Cuba, era Cuba. Se fosse Portugal, era Portugal. Ou Banco Mundial, ou Brasil, ou Malásia ou Kowait... Só esta atitude é mais do que suficiente para deixar a Indonésia e a Austrália desconfortáveis.»

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