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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Jornada 11 - Nuno Gomes e Co Adriaanse

Bruno Sena Martins, 15.11.10
Publicado na Liga Aleixo

[caption id="attachment_22364" align="alignnone" width="218" caption="Nuno Gomes"][/caption]

Antes que venham os habituais comentários a marcar território, venho lembrar que escrevo enquanto um portista que especula sobre a Liga Zon Sagres com o mesmo critério com que o João Querido Manha debita estatística: nenhum. Portanto, se me aptece falar do Nuno Gomes é do Nuno Gomes que vou falar (por esta altura o João Querido Manha faria reparar que já em 1999 referi o nome do Nuno Gomes numa conversa de café dando consistência uma tendência segundo a qual as conversas de café tendem a ser levadas para os blogues com uma intervalo de 11 anos e que num parágrafo já escrevi o nome do Nuno Gomes três vezes  dando consistência a uma tendência histórica para escrevermos de vez em quando o nome da pessoa de quem estamos a escrever algo sobre).

Dir-me-ão que nada tenho a ver com o assunto, mas desde o mundial do Qatar que acompanho o Nuno Gomes; há 15 anos, portanto. Tenho-o como uma referência mnemónica disto da bola e, sinceramente, toca-me a forma pouco elegante como Jorge Jesus o vem menorizando naquela que deverá ser a sua última época no Benfica. Não me refiro só ao tempo que lhe tem sido dado a jogar - 8 minutos esta época -, nem à constante convocatória para a bancada (opção que quando reiterada cumpre algo de uma humilhação), refiro-me também às declarações que Jesus vem fazendo. Ontem, depois do golo que deixou Jesus com uma azia devida ao paradoxo emocional para que foi catapultado, logo explicou que escolhe os melhores e que ele é que sabe.

Justo, tanto que ainda teve tempo para lembrar que o Cardozo está de volta e que, portanto, os minutos-prenda vão ficar mais complicados. Se é verdade que Nuno Gomes nunca foi o jogador que a Fiorentina julgou comprar, também não é a nulidade pela qual Jesus o quer fazer passar. Mais, sendo Jesus um recém chegado ao Benfica cabia-lhe, parece-me, um mínimo de respeito institucional: Nuno Gomes é um símbolo do Benfica - estatuto que ganhou por ter feito quase toda a carreira no Benfica e não por juras pífias - e é respeitado pelos adeptos como tal.

Jesus pode não gostar de Nuno Gomes, mas deveria saber respeitar um jogador português prezado por muitos (benfiquistas e não benfiquistas) e deveria cuidar do símbolo de um clube cuja história lhe merece mais do que uma oportunidade para pôr as pequenas vinganças em dia. Por muito menos pedi a demissão de um treinador que tinha vencido o campeonato e a taça. Chamava-se Co Adriaanse. Mas não quero falar sobre isso.

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