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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Toques de política

João Rodrigues, 14.02.10


“Uma política de austeridade para as vítimas de sempre, uma política de facilidade para os suspeitos do costume.” José Gusmão na AR. Vale a pena ouvir. E ler, no Ladrões de Bicicletas, o diário do orçamento que este economista de combate está a escrever. Apesar dos constrangimentos e da paralisia de uma UE trancada numa trajectória neoliberal desde Maastricht, ainda há alguma margem de manobra à escala nacional. Isto para começar a responder a este comentário: “Qualquer solução diferente da dos economistas do regime está dependente da boa vontade de Bruxelas e da mudança de rumo da política europeia. O que será o mesmo que dizer que é melhor esperar sentado.” Acho que podemos vir a ter desenvolvimentos políticos na UE, que mais não seja para evitar o esfarelamento da zona euro, embora se deva reconhecer que os primeiros sinais não são famosos. É sempre difícil mudar hábitos arreigados. No entanto, ideias válidas e viáveis não faltam para a escala nacional: da protecção dos serviços públicos e da extensão do subsídio de desemprego a mudanças na fiscalidade, por exemplo tributando as mais-valias fundiárias e bolsistas, até a uma política de investimento público voltada para a recuperação urbana, para os transportes públicos e para as energias renováveis. O desafio é descobrir como e onde dar os toques de política pública com impactos estratégicos. No final de 2008, as esquerdas socialistas reuniram-se na Aula Magna, em Lisboa, e trocaram umas ideias sobre estes assuntos. O oitavo número da vírus, “a revista que só se apanha na net”, recupera as intervenções que aí se fizeram.

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