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Arrastão: Os suspeitos do costume.

José Sá Fernandes

Daniel Oliveira, 30.06.07



Há 20 anos que José Sá Fernandes dá o litro por Lisboa. Poderão discordar dele. Poderão achar que o que fez foi mau para Lisboa. Não concordo, mas são sempre criticas legítimas. O que ninguém poderá duvidar é que se candidata exclusivamente devido à sua ligação à cidade. E eu acho que mais do que discursos redondos sobre cidadania, fazem falta pessoas que se candidatam aos cargos porque os cargos lhes dizem realmente alguma coisa.

Sá Fernandes não tolera a corrupção. Não a acha natural ou inevitável. E leva a sério a ideia de que a corrupção não é apenas moralmente condenável. É um roubo à democracia. Apesar disto, nunca ouvi de Sá Fernandes uma frase sobre “os políticos”. E, não sendo geralmente visto como um político e tendo provas dadas no combate à corrupção, estaria na posição ideal para esse caminho fácil. Sá Fernandes respeita as funções públicas. Populismo não é combater a corrupção, é combater a democracia usando o argumento da corrupção. Por isso mesmo Sá Fernandes fez o que tinha de fazer. Usou, como cidadão, a arma que o Estado de Direito lhe dá: a justiça. E como autarca o poder que o voto lhe deu: o de denúncia e da oposição a decisões erradas. Que haja quem ache que isto é condenável é coisa que me deixa boqueaberto.

Sá Fernandes conhece Lisboa como nunca conheci ninguém que a conhecesse. Para quem vive nesta cidade é uma experiência magnifica passear por ela com José Sá Fernandes. É impressionante as coisas que nos passam ao lado. Conhece cada canto, cada segredo. Para uma pessoa como eu, que nasceu e viveu em Lisboa, que se sente mais lisboeta do que português ou europeu e que sabe que ter nascido numa das cidades mais bonitas da Europa é um privilégio que tanta gente despreza, esta é uma razão forte para o querer na Câmara. Confesso que, de todas as razões, é a que, emocionalmente, mais me move. Quero ter na câmara alguém que trate esta cidade com respeito. Que se sinta ferido de cada vez que ferem a minha cidade. E pelo menos disto só tenho certezas em relação a Sá Fernandes.

Quando decidi que, apesar de abandonar todas as minhas responsabilidades dirigentes no Bloco, queria ainda trabalhar afincadamente nesta campanha, foi por uma razão que resulta de todas estas: seria de uma injustiça insuportável para mim que depois dos últimos dois anos, Sá Fernandes não reforçasse a sua votação. Teria de o aceitar, porque se tem sempre de aceitar o voto popular em democracia. Mas não ficaria descansado se não tivesse feito tudo para que Sá Fernandes tivesse a confirmação eleitoral de que o seu comportamento moral e político merece admiração dos eleitores. Se não fosse por outra razão, a do exemplo.

Na coluna da direita estará, até ao fim da campanha eleitoral, o meu apoio a Sá Fernandes. Ele gosta de Lisboa e eu também. Aos que aqui me visitem, sejam do concelho de Lisboa, tenham blogue e apoiem Sá Fernandes, fica o pedido para deixarem na caixa de comentários o vosso link para que possam ficar na coluna da direita, logo em baixo deste apoio expresso.

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