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Arrastão: Os suspeitos do costume.

Aventuras de um empreendedor no mundo da literatura

Sérgio Lavos, 03.10.12

Este post do Malomil já tem algum tempo, mas não podia deixar de ficar aqui a chamada de atenção para esta breve apreciação literária de uma das obras que o ministro Álvaro legou ao mundo.

 

"(...) De facto, Diário de um Deus Criacionista tem características inovadoras. E é também um facto que foi ignorado pela Imprensa.  Eis a razão pela qual se justifica resgatá-lo do esquecimento. Para mais, seis anos volvidos sobre a sua publicação, a obra é hoje muito mais acessível ao grande público. Nas feiras de livros de ocasião, encontra-se actualmente à venda pela módica quantia de 2 euros. Para uma teodiceia de 273 páginas, 2 euros não pode considerar-se um preço excessivo. Crê-se que não foi feita uma 2ª edição.(...)"

O homem invisível

Sérgio Lavos, 07.07.12

 

Só um dos quatro professores da Lusófona admite ter avaliado Relvas.

 

"Nunca o vi, nunca foi meu aluno e nunca constou das listas electrónicas das turmas" - António Filipe, professor de Quadros Institucionais da Vida Económico-Político-Administrativa.

 

"não fui professor, nem avaliei Miguel Relvas. Nunca o vi na universidade, soube da licenciatura pelos jornais" - Nuno Cardoso da Silva, responsável pela cadeira de Teoria do Estado da Democracia e da Revolução.

 

"Não foi meu aluno. Não o avaliei. Nunca o vi na universidade" - Pereira Marques, responsável pela cadeira de Introdução ao Pensamento Contemporâneo. Ângela Montalvão Machado, assistente que na altura leccionava esta cadeira, recusou prestar declarações ao Expresso.

 

"Nunca avaliei Miguel Relvas, nem foi meu aluno" - Feliciano Barreiras Duarte, actual secretário de Estado do próprio ministro Miguel Relvas e um dos responsáveis pela discipplina de Quadros Institucionais da Vida Económico-Político-Administrativa.

"Também nisso queremos ser diferentes daqueles que nos governam e que não têm qualquer sentido de respeito pela promessa feita ou pela palavra dada."

Sérgio Lavos, 04.05.12

 

A série de posts que a Fernanda Câncio tem dedicado ao programa do PSD nas últimas eleições é das coisas mais divertidas que tenho visto nos últimos tempos. Não há palavras para o topete do homem. Palavras para quê? É um artista português!

 

"A persistência no erro, apesar dos múltiplos e permanentes avisos, torna ainda mais censurável a atitude daqueles que [querem] teimar, dia após dia, semana após semana, ano após ano, numa estratégia que [sabem] que não leva Portugal ao rumo certo.

 

A fiscalidade portuguesa vem assumindo um papel negativo na economia.

 

Ao invés de favorecer uma actividade económica forte e sustentável, o actual sistema fiscal virou-se predominantemente para maximização da arrecadação de receita, ignorando os efeitos sobre a economia. Acabando por não servir nem a economia, nem as finanças públicas.

 

Por outro lado, existe, para além dos impostos, uma multiplicidade de "taxas" aos vários níveis da Administração Pública que configuram verdadeiros impostos, já que pouco se nota a contrapartida concreta do seu pagamento.

A austeridade deverá ter presente os objectivos de minorar os impactos negativos, a curto prazo, sobre o crescimento, o emprego e sobre a coesão social.

 

Os funcionários públicos, os pensionistas e os contribuintes em geral não perceberiam a necessidade de ser sujeitos a novos sacrifícios, se o Sector Público Administrativo, o Sector Empresarial do Estado, "Novo Estado Paralelo" continuassem com as suas estruturas "gordas" e não se fizesse a reavaliação da PPPCs.

 

O emagrecimento das estruturas do Estado deverá ser conduzido de forma inteligente e não cegamente.

Em relação ao aumento das receitas fiscais, o esforço será feito sem aumento de impostos, baseando-se na melhoria da eficácia da administração fiscal, do combate à economia informal e à fraude e evasão fiscal, o que permitirá um alargamento da base tributável.

 

A austeridade não deverá afectar o rendimento real disponível dos grupos mais desfavorecidos da nossa sociedade (nomeadamente pensionistas).

 

Já [foram identificadas] áreas de oportunidade que, no período da legislatura, apontam para um "mix" de consolidação orçamental essencialmente baseado na redução da despesa (no intervalo global entre 4 a 5 pontos percentuais do PIB) e de um aumento da receita fiscal, sem alteração da carga fiscal, por via do alargamento da base tributária e do combate à evasão fiscal.

 

Desenganem-se aqueles que queiram ver [nisto] um instrumento de populismo, uma cedência à demagogia ou uma listagem de promessas fáceis.

 

O que deixamos à apreciação e ao escrutínio dos Portugueses resiste a qualquer teste de avaliação ou credibilidade. Tudo o [que] se propõe foi estudado, testado e ponderado. Consequentemente, as propostas são para levar a cabo e as medidas são para cumprir.

 

Também nisso queremos ser diferentes daqueles que nos governam e que não têm qualquer sentido de respeito pela promessa feita ou pela palavra dada. Assumimos um compromisso de honra para com Portugal. E não faltaremos, em circunstância alguma, a esse compromisso.

 

(Excertos do Programa Eleitoral do PSD para as legislativas, apresentado há 361 dias, a 8 de maio de 2011)."

"Super-ricos franceses querem pagar mais impostos"

Sérgio Lavos, 23.08.11

Espera-se que a qualquer momento haja uma conferência de imprensa conjunta de Belmiro de Azevedo, Alexandre Soares dos Santos, Fernando Ulrich, Américo Amorim e mais vinte gestores de empresas públicas portuguesas a anunciar que irão exigir ao Governo que este aumente os impostos sobre os seus rendimentos e desista da ideia de cortar 50% do subsídio de Natal ao portugueses e de aumentar o IVA do gás e da electricidade para os 23%. Uma vez mais, os nossos empresários e gestores de topo querem seguir os bons exemplos que vêm lá de fora.

Voto fútil

Miguel Cardina, 28.05.11

 

O PS é um case study. Faz campanha a comentar as escorregadelas dos seus adversários para não ter de discutir as suas propostas; chama "caloteira" à esquerda que propõe a auditoria e a – mais tarde ou mais cedo, inevitável – renegociação da dívida, acusando-a de não querer "honrar os compromissos" com a banca alemã; acena com o “perigo da direita” como se não tivesse sido o PS o principal promotor do programa de austeridade e desmantelamento do Estado social assumido no acordo com a troika; aliar-se-á ao PSD ou ao CDS sem quaisquer problemas de consciência num futuro governo cujo programa-base demorou dezasseis dias a ser traduzido e disponibilizado em português. O PS está no direito de ser como é. Mas ter a lata de ainda assim apelar ao “voto útil” à esquerda, como o fez António José Seguro, ultrapassa os limites da decência. Ou será que quereria dizer “voto fútil”?

Se está farto destes 47 anos sem uma única vitória, visite esta petição

Sérgio Lavos, 08.03.11

Humor, humor a sério, é também esta petição "Por um Portugal Digno em Dusseldorf". É ir lá, que é um tempo bem passado. E poderão sempre assinar também, serão certamente bem-vindos.

 

(Foi a Morgada de V. quem primeiro descobriu esta pérola de humor involuntário - ou será voluntário?)